Industrial e Fazendeiro

Ébrio

Industrial e Fazendeiro

Regravação de Vicente Celestino


Tornei-me um ébrio na bebida busco á esquecer
Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou
Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer
Não tenho lar e nem parentes tudo terminou
Só nas tabernas é que encontro meu abrigo
Cada colega de infortúnio é um grande amigo
Embora tenham como eu seus sofrimentos
Me aconselham e aliviam o meu tormento

Já fui feliz e recebido com nobreza Até
Nadava em ouro e tinha alcova de cetim
E a cada passo um grande amigo que depunha fé
E nos parentes confiava sim
E hoje ao ver-me na miséria tudo vejo então
O falso lar que amava e que a chorar deixei
Cada parente cada amigo era um ladrão
Me abandonaram e roubaram o que amei

Falsos amigos eu vos peço imploro a chorar
Quando eu morrer na minha campa nenhuma inscrição
Deixai que os vermes pouco a pouco venham terminar
Este ébrio triste e este triste coração
Quero somente que na campa em que eu repousar
Os ébrios loucos como eu venham depositar
Os seus segredos ao meu derradeiro abrigo
E suas lágrimas de dor ao peito amigo

Já fui feliz e recebido com nobreza Até
Nadava em ouro e tinha alcova de cetim
E a cada passo um grande amigo que depunha fé
E nos parentes confiava sim
E hoje ao ver-me na miséria tudo vejo então
O falso lar que amava e que a chorar deixei
Cada parente cada amigo era um ladrão
Me abandonaram e roubaram o que amei

Compositor: Antonio Vicente Felippe Celestino (Vicente Celestino)
ECAD: Obra #2707 Fonograma #31888686

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