Inocentes
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A Marcha Das Máquinas

Inocentes


Destruíram o céu azul
Mastigaram meu amanhecer
A fumaça expulsa o ar
Nuvens negras tomam seu lugar.

Espetos de concreto ferem o
Horizonte
Que se esvai, agoniza em dor.
O asfalto esmaga a terra
Não nascerá mais nenhuma flor

Mil florestas ardem em chamas
Milhares de vidas em mãos insanas
Um dia até o espaço irá arder
Estrelas caíram sobre você

(Refrão)
Fábricas! Fábricas! Pra construir o
Quê?
Máquinas trabalham sem cessar
Cabeça vira um cubo de TV
Progresso não nos leva a nenhum
Lugar

Palavras! Palavras! Estão por toda
Parte
Aos olhos dos jornais tudo vira arte
Não construo versos de um falso
Amor
Eu os edifico da mais pura dor

Generais com boca de aço
Comem obus, comem estilhaço.
Defecam sobre a Terra a guerra
Defecam sobre a Terra

Palavras queimam em desastre
Exterminaram toda a arte
Fechem os olhos dos jornais
Apunhalaram os animais

Humanos e máquinas em luta feroz
Todos se defendem como pode
Quando a fumaça se dissipa no ar
Não se sabe quem é máquina...
...Quem é homem!

Fábricas! Fábricas! Pra construir o
Quê?
Máquinas trabalham sem cessar
Cabeça vira um cubo de TV
Progresso não nos leva a nenhum
Lugar
Máquinas! Máquinas! Pra construir o
Quê?
Máquinas trabalham sem cessar
Cabeça vira um cubo de TV
Progresso não nos leva a nenhum
Lugar

Compositor: Clemente Tadeu Nascimento (Clemente)
ECAD: Obra #5720577

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