Sou eu que te escreve essa carta Tudo já foi, tá falado mas há palavras não gastas Sou eu quem te acorda de madrugada Nos teus pesadelos medonhos na sua fronha molhada
Eu que te implorava por mais sossego Eu acusada do seu renego Eu que pedia perdão sem ter cometido erro
Agora não sou mais porque Agora não tem mais você Sou eu quem encontra numa encruzilhada Sou que te empurra no vão da escada e te compra um picolé pra você não chorar mais Sou eu, o monge do seu monastério As gotinhas do teu remédio Que não vão livrar você do tédio
Sou eu quem te fala verdade Você foi o fim da picada, uma faca afiada Sou eu que bebi teu chorume Da mente perversa, espremida, barato o perfume Foi eu quem mastiguei o meu orgulho Tranquei meu coração no teu quarto escuro
Agora não sou mais porque É que agora não tem mais você Sou eu que encontra numa encruzilhada Sou que te empurra no vão da escada e te compra um picolé pra você não chorar mais Sou eu, o monge do seu monastério As gotinhas do teu remédio Que não vão livrar você do tédio
Compositor: Isabella Maria Lopes Leite (Isabella Taviani) ECAD: Obra #24473171