Ita Cunha
Página inicial > Regional > I > Ita Cunha > A Campo Fora

A Campo Fora

Ita Cunha

"Com Jeito de Campo"


Um brazino meio sangue
"Apurado" pra poleango!
Refugador de porteira
Por excelência matreiro
De certo se "olvidava"
Que nunca andei em "sabugo"
E jamais deixei refugo
Quando vou parar rodeio

(Recitado)
Meu pingo já pressentia
Mascando o aço do freio

A cachorrada da estância
Carregou dentro do mato
Batendo atrás do aragano
Que saltou de cola erguida
Sem rumo, nem direção
Cortando o campo no meio
Até parar num costeio
Que ensina as voltas da lida

Atropelei meu tordilho
Encostando no "alçado"
D'outro lado, outro "centauro"
Escorava o atropelo
Eram três numa carreira
Formando uma só silhueta
Paleta contra paleta
Roçando pêlo com pêlo

(Recitado)
Só não sabia o brazino
Que o sangue dos "centauros"
Também fervia na artéria

Talvez o touro maleva
Se alçasse pelo instinto!
Taureando a força da vida
Que brota na primavera
Quando o setembro fervilha
Corcoveando pelas veias
E o rodeio matrereia
Berrando e cheirando a terra

(Recitado)
Trovejou o chão da estância
Num pataleio crioulo

Só não sabia o brazino
Que o sangue dos "centauros"
Também fervia na artéria
Saudando a pampa em floreio
Risquei-lhe o lombo com a espora
Para mostrar ao matreiro
Que a paleteada é o sinuelo
De quem refuga o rodeio

Compositores: Luis Andre da Silva Oliveira (Andre Oliveira), Jean Pablo de Moura Machado
ECAD: Obra #3604220 Fonograma #25747360

Encontrou algum erro na letra? Por favor, envie uma correção >

Compartilhe
esta música

Ouça estações relacionadas a Ita Cunha no Vagalume.FM

Mais tocadas de Ita Cunha

ESTAÇÕES