Ita Cunha
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Garoazita Galopeada

Ita Cunha


Garoazita galopeada
Me vou ao trote na estrada
Num rosilho escarceador
Por feia que seja a tarde
Vou cruzando sem alarde
Por vício de cantador

Garoazita galopeada
Num ranchito, hay ramada
Pra orear as garras da lida
E uma alma muy serena
Disfarçada na morena
Qual fez meu rumo na vida

Garoazita galopeada
Levo a ânsia em disparada
Pra um ranchito duas águas
D'onde vive aquela flor
E meu pucho tranqueador
De um canto ao outro da boca
Vai fumaceando por conta
Por baldas de corredor

Garoazita galopeada
Que tarde pra bater água
Por suavezita que seja
Corre mansa do meu poncho
Em direção aos encontros
Do rosilho que fareja

Garoazita galopeada
Arrocinei uma bragada
Que não quis trazer de tiro
Soltei por gosto na estrada
Pra que aprenda a morada
D'onde sofreno o destino

Garoazita galopeada
Levo a ânsia em disparada
Pra um ranchito duas águas
D'onde vive aquela flor
E meu pucho tranqueador
De um canto ao outro da boca
Vai fumaceando por conta
Por baldas de corredor

Garoazita galopeada
Romanceiro, fim de estrada
Num domingo pampa e flor
Sirvo os braços pra morena
Que a noite será pequena
Neste ranchito de amor

Garoazita galopeada
Só mais um tento pra mala
Teu destino é meu abrigo
Veio adiante essa bragada
Pra voltar na mesma estrada
De tiro, junto comigo

Garoazita galopeada
Levo a ânsia em disparada
Pra um ranchito duas águas
D'onde vive aquela flor
E meu pucho tranqueador
De um canto ao outro da boca
Vai fumaceando por conta
Por baldas de corredor

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