Foram duas, foram três, talvez uma talha inteira Sou carneador das ovelhas num braço forte de angico Domingo santo, bendito, que a peonada bolicheia Berra encerrada as oveia a espera do sacrifício
Salpica o sangue de estrelas sobre o céu das alpargatas E o fio afiado da faca, mostra afinal ao que veio A corrente que eu maneio facilita o carneador Eu que ja fui ramo e flor, hoje sustento e carneio
E se antes fui angico, sentindo o vento na cara Hoje sou eu quem agarra, assim me fiz carneador Enquanto a estância ressona num cochilo sossegado Eu levo a dor do pecado em cada oveia sim, senhor!
O sangue pinga na lata exala toda fragrância Pra cachorrada da estancia tudo é luxo e municio Pouco importa o serviço, a causa, necessidade Se obra de caridade ou fruto de um sacrifício
Eu também já fui consumo carneado pelo machado E o horizonte largo não vai além da mangueira A sombra da corticeira é "d'onde" moro, onde fico Sou braço forte de angico sustento pra carneadeira
Compositores: Evair Suarez Gomez (Evair Gomez) (UBC), Lucas dos Santos Ferreira (Lucas Ferreira) (UBC), Lucas Endress Ramos (Gordo) (ABRAMUS), Rafael Miranda Machado (Rafael Machado) (UBC), Rodrigo Michel Morales (Rodrigo Morales) (ABRAMUS)Publicado em 2016 (17/Jun) e lançado em 2016 (01/Jun)ECAD verificado obra #15021031 e fonograma #12341126 em 05/Mai/2024 com dados da UBEM