Foram duas, foram três, talvez uma talha inteira Sou carneador das ovelhas num braço forte de angico Domingo santo, bendito, que a peonada bolicheia Berra encerrada as oveia a espera do sacrifício
Salpica o sangue de estrelas sobre o céu das alpargatas E o fio afiado da faca, mostra afinal ao que veio A corrente que eu maneio facilita o carneador Eu que ja fui ramo e flor, hoje sustento e carneio
E se antes fui angico, sentindo o vento na cara Hoje sou eu quem agarra, assim me fiz carneador Enquanto a estância ressona num cochilo sossegado Eu levo a dor do pecado em cada oveia sim, senhor!
O sangue pinga na lata exala toda fragrância Pra cachorrada da estancia tudo é luxo e municio Pouco importa o serviço, a causa, necessidade Se obra de caridade ou fruto de um sacrifício
Eu também já fui consumo carneado pelo machado E o horizonte largo não vai além da mangueira A sombra da corticeira é "d'onde" moro, onde fico Sou braço forte de angico sustento pra carneadeira
Compositores: Evair Suarez Gomez (Evair Gomez), Rodrigo Michel Morales (Rodrigo Morales), Lucas Endress Ramos (Gordo), Rafael Miranda Machado (Rafael Machado), Lucas dos Santos Ferreira (Lucas Ferreira) ECAD: Obra #15021031 Fonograma #12341126