No velho Caiboaté grande Tua crioula querência Até os ventos da pampa Choram triste a tua ausência Mas tu, como um carreteiro Não findou tua existência De freio e pelego na mão Ou num pai-de-fogo em galpão Vive a tua alma em essência
Teu verso faz reverência Ao saudoso poeta doutor Nas minhas primeiras rimas Me inspirou por professor Também batemos estrivos Nos setembros campo em flor Ao lembrar me embarga a voz Foi te encontrar Elbio Munhoz Nos campos de nosso Senhor
Usava bombacha larga E um chapéu de metro e meio Laçava de toda trança Pealava algum sem costeio Usava botas de potro Pechava touro no meio Riscava lombo com a espora Sacando boi campo afora Só na barbela do freio
Usava bombacha larga E um chapéu de metro e meio Laçava de toda trança Pealava algum sem costeio Usava botas de potro Pechava touro no meio Riscava lombo com a espora Sacando boi campo afora Só na barbela do freio
Deixou teu pingo gateado E um laço de doze braças Que enrodilhava graúdo Quando cruzava na praça Vinha espumando na anca De argola grande, machaça Luzindo, vinha ponteando Com o tarumã desfilando Honrando o garbo da raça
Amigo Gaspar Machado Meu chasque não tem floreio Sou taura que calço a espora Também sou homem do arreio Peça a Deus, patrão do céu E a São Pedro, sem enleio Que te ajuste no pago santo Pra recorrer estes campos Com o Negro do Pastoreio
Usava bombacha larga E um chapéu de metro e meio Laçava de toda trança Pealava algum sem costeio Usava botas de potro Pechava touro no meio Riscava lombo com a espora Sacando boi campo afora Só na barbela do freio
Usava bombacha larga E um chapéu de metro e meio Laçava de toda trança Pealava algum sem costeio Usava botas de potro Pechava touro no meio Riscava lombo com a espora Sacando boi campo afora Só na barbela do freio
Compositor: Luis Andre da Silva Oliveira (Andre Oliveira) ECAD: Obra #15066910 Fonograma #12341129