Às vezes ainda eu fico pensando e vou divagando em minhas lembranças Me lembro o quintal que tanto gostava lugar que brincava enquanto criança Recordo o riacho de água corrente aonde com a gente papai se banhava A minha irmãzinha fazia a festança cabelo de trança na água molhava
Até me parece que sinto o cheiro do chão do terreiro com chuva molhado Fumaça do forno de barro saindo e o aroma vindo é de biscoito assado A espuma do leite na hora tirado caneco esmaltado, e as vacas berrando Foi tanta a saudade que tive agora que não vejo a hora de estar voltando
Rever o local que era a nossa roça onde uma palhoça por nós foi erguida Pra guardar arroz, o milho e feijão para a produção que fosse excedida Estoque pro ano, na tulha guardada já posicionada bem perto à cozinha Apesar da vida pra ela ser dura mas muita fartura mamãe sempre tinha
O carro de boi gemendo na estrada os pés da boiada fazendo o trieiro O paiol de milho tão abarrotado e ali do lado o grande chiqueiro Ajudei meu pai, a rachar aroeira lascas de madeira fincamos no chão De estar preservado, tal qual a lembrança eu tenho esperança no meu coração
Compositores: Ivanildo Francisco de Souza (Ivan Souza), Julio Cesar Borges Garcia (J. Cesar) ECAD: Obra #16774546