Quando o galo carijó solta o canto no puleiro Pulo em pé que já é hora de largar o travesseiro Da janela eu admiro debruçado ao parapeito Quando a claridade surge Onde o rio fez o seu leito
Ao olhar a vastidão quando o sol surgir inteiro Afastando a escuridão que cobria meu terreiro Eu apago a lamparina, que já não faz mais efeito E preparo meu café, que eu faço do meu jeito
Ponho água pra esquentar lá na trempe do braseiro E preparo o coador de algodão de fiandeiro Pouco açúcar muito pó que é do tipo que eu aceito Os biscoitos pra comer, a patroa deixou feito
No piquete vou buscar meu pouco gado leiteiro Tiro leite pra beber, e o resto vai pros terneiros Nesses dias de calor quando o ar tá rarefeito Peço a deus que tome conta E que em tudo dê um jeito
Minha roça tá no mato, mas enxada eu não rejeito A coragem é que eleva a autoestima do sujeito Eu falando nem parece, chega parecer suspeito Pego a vara de pescar e já vou pro pé do eito!
Compositores: Ivanildo Francisco de Souza (Ivan Souza), Julio Cesar Borges Garcia (J. Cesar) ECAD: Obra #10759564 Fonograma #30752049