Quando adormece no horizonte um por de sol Por estas tardes silenciosas de verão Sinto em meus olhos escorrer a soledade Que minha alma aprisionou no coração
Se meus amores têm a cor desses ocasos Pinto em meus versos a nuance das auroras Pra que algum dia esses meus potros sentimentos Vazem das linhas, se extraviando campo a fora
Eu trago um peito transbordando de amor E uma esperança em cada dia revelado De encontrar algum olhar que me perceba Entre as penumbras de amar sem ser amado
E quando a noite borda o céu de pirilampos Sinto que as horas vão sorvendo mais um dia E empresto rimas de consolo pra mim mesmo Pois ao meu lado a solidão fez moradia
Na paz do rancho tenho tudo o que preciso Mas nos meus sonhos há uma tristeza tapera Que ainda teima em ser a dona dos meu sono Tal como a lua nessas noites de espera