Jayme Caetano Braun

Peão de Tropa

Jayme Caetano Braun


Nasci num rancho ? cresci num rancho,
Porém o rancho ? não é mais meu,
Não tenho rancho ? sou peão de tropa
Cumprindo a sina que Deus me deu.

Não tenho rancho ? nem quero rancho,
O meu destino é andar assim,
A tropa é o mundo ? a estrada é a vida
E o peão é a mágoa ? que não tem fim.

Um ? dois ? três ? quatro ? cinco ? seis ? sete...
Passam os dias ? tropeando vou,
Mudei de rumo ? troquei cavalo,
Só minha sorte ? nunca mudou.

Às vezes penso ? erguer um rancho,
Nalguma volta do corredor,
Mas pra que rancho ? não sobra tempo
Nem pra dois tragos do mesmo amor.

Um ? dois ? três ? quatro ? cinco ? seis ? sete...
Passam as noites ? rondando vou,
Troquei de pouso ? mudei cavalo,
Só minha sorte ? nunca mudou.

Não tenho rancho ? nem acho falta,
O meu destino ? é andar ao léu,
Talvez um dia ? erguer um rancho
Na estrada larga ? que vai pro céu!

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