Abaixem suas armas, resgatem algo de bom lá do fundo Somos todos iguais filhos de uma só pátria um só mundo Perdemos muito mais duque ganhamos pouca calma Fazemos cópias com defeitos, não clonamos almas Olhares de desprezo que desencoraja o homem E a natureza revida em quem a mais consomem Clima escaldante atmosfera vai perdendo ozônio Mas nós queremos massacres com bombas de plutônio Buscamos vidas em Marte, cravar estacas na lua Enquanto muitas vidas estão perdidas nas ruas Padrões estéticos fabricam alto rejeitados Se sentem inferior por não se encaixar nos quadros Temos vitrines que flertam com gente sem dinheiro Sardinhas enlatadas passam o busão ta cheio O portão basculante do pastor já levanto Mas os fieis ainda estão no metro, moro Evoluímos bastante, não regredimos demais O próximo dicionário vem sem palavra paz Pensamos que entrar em extinção é ter poucos exemplares Somos instintos, nosso planeta vai pros ares
Ateamos fogo na casa onde moramos E a chama cresceu Esta chegando no cômodo onde estamos E até quando aguentamos
É o apelo desnecessário, buscando mais que o salário Deixando de ser solidário latrocínio e estelionatário Tornando muito mais precário Deus traça a rota, o homem muda o itinerário Se tornando mais solitário Mas contra o bem ninguém pário E eu tenho dó de quem pensa ao contrario Monstros saíram do armário E a lei do meu pais facilita as atrocidades em qualquer horário E adolescentes não tem mais diário Muito mais cedo pais e mães, lotação no berçário E o plenário, cumprindo o dever ao contrário Rouba pedreiro, faxineira, gari operário Faz o pobre de otário, e quem diz que é hilário Porta dos fundos, fiança paga liberta empresário Ser humano procura atalho, mas é retardatário Questiona Jesus Cristo, e seu sangue no calvário Pego com droga muitos anos de presidiário Menos de três pra quem mata família pra leva um palio Alma chora, reza cada esfera do rosário Motivos pro fim do mundo, o homem criou vários
Muitos não entendem o que O rap há tempos quer dizer Isso só cabe a você Se não ouvi de coração nunca vai entende Que o que eu dou, não é esmola Que o que eu falo não se aprende na escola Que a mentira todo dia te enrola Que o pecado fica em banco de horas E a vida do mal é fatal É um robô sem manual Mas mesmo assim eu vou e tal Se perder um parafuso ai da perda total Quando os mortos perder o sono Se levantar diante o trono Se rejeitado pelo dono Por isso não cuspo no prato que como Porque amanhã não vai chover Nações se matão e você Sentado em frente à Tv Lambe com a testa porque só pode vê Olha o fogo ai toma tenência Não tem saída de emergência Procure amar ter mais decência Paga mais prestação que ainda ta na carência Desiste não, digo jamais Faça o bem que o mundo jaz Semeia amor, que colhe paz Dentre os monstrão, seja bom rapaz Vai bota fé não mó mosca No ponto que chegou não dá pra concerta Mas faz sua parte até sua hora chegar Vai vê que compensa pelo certo andar
Compositor: Jefferson Geraldo Cano (Jhef) ECAD: Obra #16236572 Fonograma #15077605