Chaveca essas minas, da minha tubaína Arrasta pra cabina, voltar de matina Vem original, os maluco pina Se tem um real, então não opina Pra falar do meu cisco, arranque sua trave Meu trampo é honesto, rap com grave É roubo de sena, refúgio dos chave Na artilharia, jogada de craque Prepare a esquiva, que estou no ataque Morra ou mate o rei, cheque mate Se acha que é pouco, segura esse baqui
Chave memo
Não olhe para trás tempo vai sem mais delonga Também passei perre sem grana, Le Cheval e conga Sem paz interor muita conquista nada vale Locaute na discórdia lute igual Mohamed ali
Pouca preguiça muito trabalho Zero cobiça invejão otário O bem vence o mal e ninguém será palio Não pego atalho meu trigo eu malho
Quanto tempo você perdeu pensando o que fazer? (muito) Quanto tempo você ganhou fazendo por fazer? (nada) Excesso de verdade deixa o homem mais arisco Sou leão mas no meio das hienas eu corro risco
Preto de futebol no sol, na escola mó visado Filho de rico sofre bullying, filho de pobre é zoado Ah, mas o gordão cresceu, apanhando e batendo Tanto que o casco engrossou, não por pouco se abatendo
E me tornei um chave (de cadeia?) não de sucesso Não massa de manobra que sem ordem quê progresso Coletividade é essencial eu não desprezo Um gueto mais unido e mais feliz pra Deus eu peço
Vacilo disse não vai ser capaz, e eu estou sendo Agora curte o som e diz que tá Chave memo Chave memo
Me diz porque não vence, diz porque não sonha Se todo mundo quer ter um lugar pra reclinar Bico sujo quer estar, onde você chega Mas sem capacidade usa a linguá pra atacar
Mas se você vai contra o vento respeito na quebrada O cemitério ta com fome de alma penada Meu rap chama a vida tio, vida com abundancia Vai coragem na lida fio mas sem deselegância
Sou filho de costureira com caminhoneiro Não nasci agora, também sou pioneiro Se a ocasião é festa chama nós que estrala Se é pra trinca conceito, paz e amor contra esses malas
Segredo insistência, escudo compaixão A intenção não é esquecer que começou do chão Nas favelas ao relento, nos carros e nos eventos Nosso grave batendo do naipe chave memo Chave memo
Bem trajado e com a porva, do naipe que a bala Só nave de gringo, não gosta pedala Mc traficante, de informação Puxou para os dois lados, seu corre é em vão Não ajuda ninguém, porque lê sermão Democracia, ah mó tiração Alguém desandou no sonho de moleque Pedi um milagre e o meu foi o rap
Você não gosta de mulher? Você não gosta de dinheiro? Falar disso no rap não é rap verdadeiro? Vai, para de besteira tio, rap canta a vida Vocês querem ser carente ter conta falida? Coisa ruim pra falar tem bastante, precisa? Não fala de problema que ele multiplica Manda paz para o universo que ele revida Responsabilidade social exercida Meia duzia de palavra não enche barriga Pra quem vem de monark na subida
Muitos rimaram pra mim lutar e ser perseverante Mas se meu som prosperar, eu não sirvo pra representante? Então porque protestar, o que não pode rimar Deixa o moleque rimar para o crime não contratar
Tá roubando, não tá Tá matando, não tá O trampo é honesto? Ai irmão, pode pá
É melhor fazer rap de festa pra vender Do que distribuir o mal para a favela morrer Chave memo
Compositor: Jefferson Geraldo Cano (Jhef) ECAD: Obra #16236546 Fonograma #15077604