Pro cê ver A barra forte subia Não importa o quanto cansasse Mistura na garupeira A se o ditinho chegasse O meu herói pedalou E penou pra eu ser de verdade Vendo minha mãe de joelho É que aprendi ser bondade
Queimada passa na telha Sem laje cai na minha cama Carvão de cana, não encana Vai batalhar não reclama Banheiro caindo porta E os ralo soltando verme Tubulação antiga, jogando água que ferve
Pra ver se limpa, não sinta, apenas consinta Que o jogador desse lance Vai fazer uma finta Porque entendeu, que muito mais Que um tênis bom pra por no pé A vida te deu caráter E um coração que tem fé
Se a ilusão que dar lucro Não nasci pra ser rico Se a vergonha é o descaso Eu não pago esse mico Vendo meus manos sonhando Com uma vida melhor Mi motivos de coragem Pra mudar ao meu redor
O ritmo desse som, bpm do coração Quero história feliz, com ponto de exclamação Se já sofreu, revida! fazendo jus a lida Requisito pra cantar rap Aprender com a vida
Eu sempre, sonhei Com um mundo onde não aja tristeza (pro cê ver) E eu também Sonhei com um mundo onde não aja tristeza (pro cê ver)
quis tanta coisa que saiu da moda Mas não tive Me corromper pra consumir Negativo, mantive Que peita massa, manjada Nem viu que tava manchada Artigo de promoção, do brechó da baixada
Quando minha mãe perguntava Qual que você vai querer? Pegava um mais em conta Jamais exploro você Eu sei que tava perrê Não deixava transparecer No final, mas me contentava Em passear com você
Sabotaram os parafuso da barrosa do meu pai Mas antes de ir pra ladeira, algo lhe disse Não vai! Aperto rápido, solto, guidão afrouxado Eles nem sabe que o bem Anda com o anjo escoltado
E hoje muito mudado Mas não menos revoltado Com o que veio a volta Mas seguindo um legado Que a revolta do justo Não traz sangue nem morte Traz progresso, revolução E cicatriz do corte
Vai, joga o corpo no mundo Ver a consequência de tudo Pega os spray vagabundo, descarrega nos muro E as mk carregada, cerato manda riscada? Tirar o sonho da calçada Pro topo das parada
Se a inspiração é a minha vida Não vem roubar minha brisa Que eu tô nessa corrida Pra fechar com os parceiro Pode atiçar as lombriga Que a favela é torcida E pra mudar essa vida É questão de tempo guerreiro
Eu sempre, sonhei Com um mundo onde não aja tristeza (pro cê ver) E eu também Sonhei com um mundo onde não aja tristeza (pro cê ver)
Compositor: Jefferson Geraldo Cano (Jhef) ECAD: Obra #16236564 Fonograma #15081308