Levantei a tampa voltei ao passado Meu mundo guardado dentro de um baú Encontrei no fundo todo empoeirado O meu velho laço bom de couro cru Me vi no arreio do meu alazão Berrante na mão no meio da boiada Abracei meu laço velho companheiro Bateu a saudade veio o desespero Sentido o cheiro da poeira da estrada
Estrada que era vermelha de terra que o progresso trouxe o asfalto e cobriu Estrada que hoje chama rodovia Estrada onde um dia meu sonho seguiu Estrada que antes era boiadeira Estrada de poeira de sol chuva e frio Estrada ainda resta um pequeno pedaço A poeira do laço que ainda não saiu
Poeira da estrada só resta saudade Poeira na cidade é a poluição Não se vê vaqueiros tocando boiada Trocaram cavalo pelo caminhão E quando me bate saudade do campo Pego a viola e canto a minha solidão Não me resta muito aqui na cidade E quando a tristeza pega de verdade Eu mato a saudade nas festas de peão
Compositores: Geraldo Antonio de Carvalho (Rick) (SOCINPRO), Jose Henrique dos Reis (Joao Paulo) (SOCINPRO)Editor: Peermusic do Brasil Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 1997 (19/Mai)ECAD verificado obra #22816 e fonograma #22060 em 29/Out/2024 com dados da UBEM