Não tire o quadro da sala que nunca saiu Não jogue o bem consumado pro fundo do rio Não tire o pé da estrada conheça bem o seu caminho Trilhando campos e planícies do nosso Brasil
Tem gente com mãos calejadas ninguém nunca viu Tem bicho no meio da mata entrando no cio A Terra oh! Mãe tão serena semente no chão vale a pena Formando um imenso jardim esse nosso Brasil
Vou parar por ai, e pensar no que vi, em seu dorso o estandarte da paz Ancorar nosso porto ou voar céu de anil, simplesmente paradas Brasil
Ajoelhe na margem da fonte e encha o cantil Olhando o clarão das estrelas em pleno abril A lua tua namorada nas praias se deita sozinho Que banha com água salgada o chão desse Brasil
Crianças de todas as paradas em tom juvenil Cantando em versos matreiros paixões varonil O andarilho de volta a morada chorando e sente arrepio Quanto ouve histórias dos quatro cantos do Brasil
Não fique mirando lembranças de um passado hostil Juntando em pedaços em pedaços o presente surgiu O sol que desponta na serra firmando a linha do horizonte Levando ao futura a herança de um rico Brasil
De joelhos a frente da Santa sua mão uniu Rogando para a Padroeira em gesto gentil No dia a dia romaria, lutando a vida esvaiu Secando o pranto e cessando a dor desse Brasil