Um boi brasino dorme nesse laço O sono eterno de quem já se foi Hoje não sente mais os tironaços Que lhe judiavam quando era um boi
O fio da faca lhe roubando a vida A dor do ferro ensangüentando o chão A luz se apaga pois já está perdida Um boi sangrado tarde de verão
Couro estaqueado com o maior capricho É de brasino, vai dar laço forte Que sina estranha que carrega o bicho Servindo os homens até depois da morte
Hoje o brasino é mais um doze braças Que vem na anca do meu pingo mouro Nada é pra sempre tudo um dia passa Lembra-me o boi de quem só resta o couro
Um boi brasino dorme nesse laço O sono eterno de quem já se foi Hoje não sente mais os tironaços Que lhe judiavam quando era um boi
Quando eu atiro esse meu velho laço E ele viaja em busca de outro boi Bate nas aspas cerra num abraço Eu vejo o antes junto do depois
O boi não quer o laço do brasino Senta, escarceia como ouvindo alguém Que diga: luta contra o teu destino De ser um laço como eu sou também
Compositores: Joao Luiz Nolte Martins (Joca Martins) (ABRAMUS), Pedro Leandro Scarparo Silveira (Pedro Guerra) (SOCINPRO), Rodrigo Nolibos Bauer (Rodrigo Bauer) (ABRAMUS)Editor: Terra Sul (SOCINPRO)Publicado em 2006 (27/Dez) e lançado em 2006 (01/Mar)ECAD verificado obra #4547869 e fonograma #1177608 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM