Fui num baile afamado onde vadiava a cordeona Tinha muita querendona, chegava a andar atropelando Então me peguei olhando pra uma flor bela e trigueira E pensei hoje o romance vai empeçar com uma vaneira
A criatura era doce como mel de lechiguana E fazia dez semanas que eu andava no exílio Fazendo papel de filho que só anda no castigo E por isso meus amigos nós “bailava” fazendo trilho
Dando um “traile” daquele baile, “ansim” fazendo um relato Eu e a linda no bailado parecia carrapato De tanto amor que brotava “inté tiremo” retrato
Fizemos juras de amor, mais um lote de promessas Quando uma paixão começa o “enredume” não tem preço Se enxerga o mundo do avesso, também de pata pra cima Me olvidei de relancina e não fiquei com o endereço
Hoje só resta o retrato daquela deusa gaúcha E quando a saudade me puxa uma dor vem de sinuelo Eu bailei com uma modelo das revistas do meu pago E só de lembrar tomo um trago e imagino ela d'empelo!
Compositor: Joao Luiz Nolte Martins (Joca Martins) (ABRAMUS)Publicado em 2006 (29/Jun) e lançado em 2006 (01/Ago)ECAD verificado obra #221913 e fonograma #1096856 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM