Faiska e Joe Sujera tó seu gardenal sem tarja Confisca suas piteira que o que é real te engasga Num assusta com as olheira é só o sorriso da minha alma O mundo respirando e eu torcendo pra ter asma Engole o choro em choque, lok fiz da minha glote minha Glock Nós somos câncer, tuberculose Tosse com sangue da sociedade Onde maquiagem é sangue na calçada Fui atrás de algo melhor e só perdi as esperança Na terra onde menor não é sinônimo de criança Infância é só um período que antecede as fita errada O adolescente já é soldado, nem sonha em ser adulto Nunca viu nada mudar mas sua mãe tá la culto Tem até raiva do padre, não acredita mais em milagre Pelo menos em nenhum maior que o seu Foi pro crime, ouve a fofoca das comadre Não conhece porta que abre Arromba pra viver desde que seu pai morreu Dependeu de promessas de emprego Mas arranjou uma peça mais cedo A vida pediu pressa cobrou sua cabeça Ele entregou de bandeja junto com seu medo Comida pra comprar e o mundo não deu chance Olho no lance, o caixa tá no alcance O instinto e a fome não ensinaram o que fazer Mais um que morreu tentando sobreviver
Compositor: Rodrigo Joseph D Angelo Ahmar (Joe Sujera) ECAD: Obra #35520753