Joe Sujera
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Previsão do Tempo

Joe Sujera

Memórias do Subsolo


Então deixa eu falar com a vida
Tenho tanto pra cobrar, perguntar
O problema é a resposta que a vida dá
De que tudo é ilusão
Desde a pornografia ao menu da padaria
Alegria ou decepção, quem diria?
Eis me aqui, to firmão
Desde que me disseram que eu não ia conseguir
To vivão, foda-se
Hoje alugam-se algumas mentes tão vazias
Que só produzem eco
É comigo o trampo de, trazer mobília, preencher, sou inquilino
Morador de pesadelo, modelo pra esses menino
Melhor eu que muitos pais mas me conte mais sobre
O vicio de andar pra trás perdendo pro peso do corpo
Certa vez me deram a letra
Que fumaça preta é treta e não é sinal
Foi mal, é fogo na zona de conforto
Faz parte do jogo, almejar dois pé no peito
Sou droga silenciosa, você só ó sentiu o efeito
No silêncio descobriu todo o valor em escutar
Esperto ouviu de vários que não era o seu lugar
Um dia aprendeu que seu lugar ele mesmo faria
Levaria um tempo mas sem pressa pra seguir
Nas conversa com ele mesmo e vice e versa
Percebeu que tinha muito pra falar
E os outros tanto pra ouvir
E no final quem ouve vai mais longe, certo?
Me armei com informação e os bico nem passa perto

E eu ouvi dizer, que o tempo vai fechar
Então deixa que chova

Caderno embaixo do braço, chatice acima da média
Meu tédio é cabeça ativa e meu sorriso não é comédia
Com o passo acelerado, respiração marcada
Neguinho não da nada, sozinho, sorriso na cara
Que é pro mundo todo vê e interpretar como sequela
Vivo a vida, enquanto vocês pesquisam vida nas suas telas
Seis querem mudar o mundo né? Deixar marca
Mas hoje não né? Espera passar a ressaca
O jovem quer revolução depois de droga e foto na pista
A previsão do tempo nunca foi tão pessimista
Não é jogo de azar, fica a dica
Sociólogo num explica, mais nem de casa sai
Madama rica em pane, é o enxame é a zica
É o exército de formiga que estraga o picnic
Piripac capitão, iceberg pro titanic
O rap é chique
Não entende minhas rimas e nem os grafites
Qual é que é chapa, quebra essa pro pai
Solta o mic na minha mão, põe o beat e vai que vai
Mas nunca fui de olhar em volta
Nunca fui de olhar em volta e me perder em opinião
Manda os gambé da outra volta
Que eu só vou guardar meus drink e pegar uns rap no porão
Vim pra ser dor de cabeça aos fabricantes de aspirina
Confeccionando forcas com luzes natalinas
Não sou religioso mas me rendo
Pai nosso que estais nos céus
Desce aqui pra vê o que seus filho tão fazendo

Vim pra contestar sefiní
Poluí suas cabeça pra ve essa porra mudar
Eu vim pra incomodar e daí?
Estragar a molecada e assistir a casa cair

Compositor: Rodrigo Joseph D Angelo Ahmar (Joe Sujera)
ECAD: Obra #35520733

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