Este eco vem nos tempos Nesta vaneira coiceira Que veio não sei de onde Por certo foi a primeira E se perdeu campo a fora Entonada que nem trincheira
Faço roncar a vaneira E seu segredo relato Entre missões e fronteira De um xucro gaiteiro nato Nasceu a vaneira grossa Que nem cintura de sapo
É o rio grande do sul Que berra e pede cruzada Num turum bamba incendeia Alegrando eternas noitadas É o rio grande do sul Que berra e pede cruzada
Vaneira de cantar verso Em bolicho ou carreirada Onde a gaita chamarisca Parece que dá risada Fanfarroneando, escramuça No retoço da peonada
Estoura um surungo frouxo E a indiada banhada em suor Vão sapateando a vaneira E o chinaredo ao redor Pois com alegria no rancho Seus sonhos ficam maior
É o rio grande do sul Que berra e pede cruzada Num turum bamba incendeia Alegrando eternas noitadas É o rio grande do sul Que berra e pede cruzada
Sinto o mundo nos meus braços E uma pampa sem fronteira Até a lua olha pra baixo Brilha os olhos da trigueira Meu pago inteiro se embala No compasso da vaneira
É o rio grande do sul Que berra e pede cruzada Num turum bamba incendeia Alegrando eternas noitadas É o rio grande do sul Que berra e pede cruzada
Compositores: Jorge Procopio Ferreira Guedes (Guga), Jose Francisco Ferreira Guedes (Nene Guedes) ECAD: Obra #221785 Fonograma #18790894