Se derrama uma tristeza neste tango arrabalero Pois tenho nos olhos tangueros Uma angústia e um pesar Quanto mais lembro daqueles tristes momentos Mais aumenta o sofrimento Que transborda em meu olhar Vi minha percanta nos braços de um milongueiro E um soluço mazorquero se misturava com o som Tomei uma copa de champanhe traiçoeira E a minha mágoa tasqueira chorava no bandoneón!
Estou perdido sem a flor do teu perfume E o carvão cruel do ciúmes deixou meu sonho tisnado Estou morrendo sem o mel da tua boca E a minha alma louca quer voltar para o passado Por isso em prantos canto assim minha flor Para ver se afogo a dor ao saber que te perdi A nossa história era tão linda e aos pedaços Me diz agora o que que eu faço enfeitiçado por ti?
Minha alma chora... machucada enlouquecida Por ti luz da minha vida que me esporeou no coração Por isso agora meio ausente do presente Sinto que o meu choro quente se inunda de solidão O meu jardim perdeu a paz dos beija-flores Murchou o viço das flores... se apagou o meu fulgor O choro é eterno... o dia é infindo... a noite é longa E entre tangos y milongas velo a morte de um amor
Compositores: Jose Joao Sampaio da Silva (Joao Sampaio), Jorge Procopio Ferreira Guedes (Guga), Diego Augusto Muller (Diego Muller) ECAD: Obra #981160