Uma porteira que existia onde eu morava Quando a noitinha chegava ali toda a vizinhança Contando histórias felizes se reuniam Junto a porteira que um dia viu raiar a minha infância Ficava ao lado de uma estrada boiadeira A batida da porteira ecoava no sertão Ecos que ainda permanecem em meus ouvidos No estradão de chão batido chão de minha solidão
Como a porteira que eu fechei lá no sertão Outra porteira dentro do meu coração Hoje divide meus caminhos desiguais Que se fechou no triste adeus do nunca mais
Porteira velha no caminho de meus passos A batida de seus braços em seu peito de madeira Foi a divisa da infância pra mocidade No batente da saudade deixou marcas derradeiras Da outra banda eu deixei o meu passado Enquanto que desse lado arrasto a cruz do presente Presente triste de chegadas e partidas Onde a porteira da vida deixou marcas no batente
Como a porteira que eu fechei lá no sertão Outra porteira dentro do meu coração Hoje divide meus caminhos desiguais Que se fechou no triste adeus do nunca mais
Hoje divide meus caminhos desiguais Que se fechou no triste adeus do nunca mais
Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna), Joao Doracio (Carlos Cesar), Osvaldo Bettio ECAD: Obra #89259