Olorum didê ô alafim Foi Palmares que deu o sinal Foi Dunga Tará, foi Ganga, Zumbi Que defendeu o brasão real
Ô Zumbi lá do alto da serra se lembrou Do Reino de Angola, do Congo e Guiné Da Costa do ouro, Sudão, Daomé Da dança de guerra, do canto de amor Da África-mãe quando o negro era o Senhor ôô Mas um navio negreiro Trazia as sementes da escravidão Entre sangue, chicotes e correntes Sofria o lamento do negro no porão Eram visões e delírios, de tantos martírios De tanto sofrer E Ganga Zumba, Zumbi rezou pra Zambi Pra proteger o seu povo sinherê
Na Casa Grande sinhozinho quer Quer plantar a cana, quer colher café Mas na senzala tem batucajé Tem vovó Cambinda no seu Candomblé
Pela mão de Olorum surgiu Palmares, Nação Negra do Brasil
Ô Aruanda ê, ô Aruanda á Zumbi, Rei do Quilombo, ô Aruanda
Foi conquistada a liberdade E em tudo que aqui se construiu A força da cultura negra está presente Pelos quatro cantos do Brasil
Compositores: Lourenco Olegario dos Santos Filho (Lourenco), Adaltro Magalhaes Gaviao (Adalto Magalha) ECAD: Obra #168011 Fonograma #44570