A tarde cai, eu camboneio um mate Junto ao braseiro do fogo de chão O pai-de-fogo, puro cerne de branquilho Queimando aos poucos na paz do galpão
O mesmo inverno coloreando o poente Final de lida, refazendo o dia Lá no potreiro meu baio pastando No cinamomo um barreiro em cantoria
Por certo a tarde em outros ranchos da campanha Por serem humildes tenham a paz que tenho aqui Pois só quem traz sua querência dentro d'alma Sabe guardar toda esta paz dentro de si
Encosto a cuia junto ao pé do pai-de-fogo Chia a cambona repontando o coração Nas horas mansas que a guitarra faz ponteio Numa milonga pra espantar a solidão
É lento o tempo na paz do galpão Ainda mais quando a saudade bate As soledades vou matando aos poucos Na parceria da guitarra e do mate
Então a noite se acomoda nos pelegos Povoando os sonhos de ilusão e calma Toda essa paz é um bichará pro inverno Faz bem pro corpo e acalenta a alma
Compositores: Marcello de Macedo Caminha (Marcello Caminha), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #1717442 Fonograma #18345583