Nêga, pra me redimir tô aqui de joelhos Amor não repare meus olhos vermelhos É que às vêzes enquanto tua alma sonha Eu penso em ir embora, que vergonha
Quando eu estava querendo voltar pra esse mundo você me acolheu em teu ventre fecundo Tuas veias, teus seios, teu cheiro, tua língua Forjaram, com amor, esse homem que eu sou
Todo mundo que vem aqui em casa te gosta E eu que deito contigo, é... às vêzes de costas Que tenho dormido esse amor com você, me perdoa
Nêga, é com todo carinho, amor e respeito Que esse desabafo explode em meu peito E me deixa com a alma em plena vigília E os olhos voltados pra família
Nêga, vem cá meu amor, vem secar o meu pranto Vem, abraça teu nêgo, perdoa, desfaz o quebranto E deixa jorrar o desejo nas veias Pra que um novo dia venha amanhecer Com um belo sorriso do norte aos pampas E um bumba meu boi desfilando na rampa Fazendo a magia pra gente aprender
Ganhar nosso sustento vendendo alegria Nêga, eu sei vai dar certo, já deu na Bahia Meu amor, sei que um dia a gente há de vêr
Vêr os nossos rebentos fazendo a folia Tendo paz, alimento e cidadania Saúde e alegria pra poder viver!...
Compositores: Joao Batista Maranhao Filho (Jota Maranhao), Altay Velloso da Silva (Altay) ECAD: Obra #212274 Fonograma #18653664