De vereda me acomodo, se d’um baile sinto cheiro Sacudo o pó da mangueira, lá no açude do potreiro Encharco de amor gaúcho a estampa de um peão campeiro Por que sei que na minha terra dá pra confiar nos gaiteiros.
Pra bailar de cola atada campeio a volta do mouro E um par de esporas prateadas, saio beliscando couro Levo na alma a esperança de hoje enfrena um namoro E um três oitão das confiança pra causo algum desaforo.
Vou tirá china mais linda pra bailar de cola atada E se não souber dançar ensino e não cobro nada Depois que meto o cavalo seja lá o que Deus quiser Pois sou do tempo que os home ainda gostavam de mulher.
A cordeona dá um gemido a polvoadeira levanta E eu já de pala encardido arrasto meu pé na bailanta Vou cochichando no ouvido meu segredo pra percanta E bem campante convido pra tomá um samba com fanta
Se debrucemo na copa e ali troquemo uns carinho Com juras de amor eterno, ninguém quer morrer sozinho Não me tenteia morena que tu é flor cheia de espinho E eu tô loco de vontade de te arrastar pra o meu ninho.