A caneta agora pensa... No porque de tanta tinta no papel Se recorda de tudo que já escreveu. E se recusa A fazer rabiscos em vão... Até descobrir da onde é que vem tanta explicação
O papel já não aceita mais ser riscado Já leu de tudo está tão confuso que prefere Morrer amassado...
Mas o que acontece após ser amassado... É o seu maior medo Pois é ai que existe O grande segredo Pois ele não sabe Se vai para o lixo se reencontrar com outros papeis Ou se vai ser queimado Mas e se nada adiantar e ele for obrigado A voltar a ser papel Só que dessa vez Papel reciclado
Alguns vão lhe ensinar Que não importa se você É caneta bic, bico de pena ou ponta grossa... Que vão te valorizar Pelo que você pode escrever independente Se a sua tinta é vermelha, azul ou preta....
Mas a vida inteira você vai sentir a diferença Entre ser um papel De um livro importante Ou um papel de recados grudado Na geladeira
“porque vcs estão me olhando assim ... porque não param de olhar...pra mim”...
E sou apenas um objeto inanimado Não passo de um belo quadro que numa parede caindo Aos pedaços fui pendurado.
Parem por favor de procurar explicação... Parem de abrir novos buracos dentro do velho vulcão pois nos estamos Dentro dele ... Não não é preciso acreditar no que eu falei Pode continuar fingindo viver A cada derrota um novo dia Pois como você sabe não existe