Tudo será puro pra um coração puro
Será também mais leve pra um coração grato
Assino sobre a pedra de um coração duro
O fim desse contrato

Onde tudo é consumo
Eu mato a fome, eu bebo e fumo
Compro meu rumo, vendo meu nome
Dobro meu turno em torno de quem me consome
São peças no desmanche do que foi um homem

Performo, perfumo
Com o sonho de outro alguém me arrumo
Sumo
Larica que nem vê o que come
Olhe
Pedaços mal colados dentro do uniforme

Memória do que fomos, apenas frames
A engrenagem rouca dessas firmas
Carregando bagagem de outras famas, tolas
Juntando mais maldades pra essas rimas, todas

Vai inventar seu jeito de ser livre
Destrava logo a porta dessas plataformas
Bandido bom é ladrão criativo
Pra romper com essa porra de infinitas formas

Já descobri que não nos falta nada
Que em todo ser há uma razão de beleza
O necessário a terra deu de graça
E o perdão é quem sempre faz caber mais um lugar á mesa

Olho por olho, não, mano, olho no olho
Ta na nossa mão a gente se entender
Todo estatuto é feito pra ficar caduco
Mesmo com a letra morta fica o proceder

Pjl na Jbl, num existe lei
A guerra vai além do que mostra o mapa
A terra é território de ninguém, Brasil
Fronteira é uma premissa daquele que mata

Então defesa pessoal pro meu pessoal
É só um novo momento, nada pessoal
Eu não invejo o homem violento
Mas se ele chegar perto num vai ser legal

Amo quem eu sou, pra esse chão que vim
Modo sayajin, modo saia já do meu camarim
Modo sai de mim quem quer me acalmar
Amor pra viver, ódio pra rimar, to melhor assim

Ae, Avisa pras criança que essa vida é linda
E pra quem vive isso que ela é mais ainda
Eu nem espero o dia da vitória, que esse sabor não obedece hora
Desfruto agora

(Do que sobrou)
São flores do caminho que ninguém colheu
(Faz da vida uma canção)
Sou dono de nada e tudo em volta é meu
(Do que sobrou)
São flores do caminho que ninguém colheu
(Faz da vida uma canção)
Sou dono de nada e tudo em volta é meu