O ensino de Jesus só permanece novo porque nunca foi tentado Nos últimos mil e oitocentos anos, pelo que sabemos, esteve longe De ser colocado em prática com esse nome Melhor seria não manchar a reputação irretocável de Cristo com O nome de cristão. Ele merece esse nosso sacrifício
Uma deliberada e silenciosa desconversão em massa Pensando bem, talvez trouxesse finalmente toda a glória que O ensino, o exemplo e a obra de Jesus desconheceram nos últimos Milênios. Permaneceríamos cristãos em segredo, a portas fechadas Lutando consistentemente, em absoluto sigilo e completa dedicação Pelo Nome que não ousamos macular ou pronunciar No fracasso institucional e na crucificação ideológica do cristianismo Talvez esteja a semente da sua ressurreição
O último cristão pode muito bem ser o primeiro
Kivitz
Então fizemos da Tua casa nossa casa Pusemos em nossa boca Tuas mais loucas palavras Repetimos, o Seu sagrado livro repetimos Com o mais puro desejo de acertar a rota e irmos Entre manos, dinheiro, trampo e vício nos perdemos Nos lembramos daquilo que quando criança ouvimos Seu Jesus papai noel já deu no saco, então Fale por si da sua fé que é só por hoje, irmão É o mundo cão como Miúdo alerta Pelos neguim trancado em Franco é que meu peito aperta A droga boa e a porta pra ela aberta Fora a impressão que é depressão q a razão num interpreta Milagre é raro onde hipocrisia é mato Meu Deus é o Deus dos nóia que o dos crente é chato Ossos do ofício, profissão profeta Canção que faço é a minha confissão aberta A sugestão? aquela lá que em todo rap brota Não se entregar pra sabotar e assim honrar o Sabota Com a fé madura que do pé não cai Órfão de vô que é ter um pai que nunca teve pai Mas me ensinô a cartilha, que ponho em rimas Dizem que herdei esse seu dom de quebrar paradigmas E se eu quebro então eu prego a desconversão Em massa dessa praga que é religião Dividindo capítulos da tradição Pra me portar como discípulo nessa missão, entendeu? Coerência, humildade, alegria Com aquela certa dose de inadequação Sem a fantasia do Jesus bonzinho Sigo o nazareno loko da revolução Não o santo, barba feita, cabelo lisinho Curto aquele acusado como beberrão Que sem drink lá na festa fez da água, vinho Sou mais esse que jantou na casa do ladrão Que abriu mão de ser o primeiro pra reinar sozinho Oro a Deus que ele me faça o último cristão
Refrão O último cristão, o último cristão, o último cristão, o último
Kivitz Militante da causa não usa pessoas Não usa mulheres, não usa a inveja pra destruir seus algozes E nem tem algozes Pois não usam pessoas e mulheres e a inveja E não torcem contra ninguém Pra nós dinheiro é bem comum O pika dos pikas aqui é só mais um Feito a puta que lavou os pés de jesus, somos quem Sabemos que Deus não é de ninguém Contra crentes folclóricos que são bons em julgar Hipócritas católicos ótimos em jogar Irmãos pro inferno e conversa fora, fofocar Compraram a salvação e agora querem me alugar Num viu que eu tava pronto pra mudar? Aprendiz de homem bomba assumí o meu lugar Linha de frente, na solidão jamais, canhão Antigo crente, febril, sintomas de cristão Cabeça quente, do espírito de Cristo dependente Pra num fazer merda tenta ser um homem decente e só Só vou derrubá da minha frente Quem tirá o chão que me ajoelho e que meu joelho sente