Lenine
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Quadro-negro

Lenine

Falange Canibal


No sub-imundo mundo, sub-humano
Aos montes, sob as pontes, sob o sol
Sem ar, sem horizonte, no infortĂșnio
Sem luz no fim do tĂșnel, sem farol
Sem-terra se transformam em sem-teto
Pivetes logo se tornam pixotes
Meninas, mini-xotas, mini-putas
De pequeninas tetas nos decotes
Quem vai pagar a conta?
Quem vai lavar a cruz?
O Ășltimo a sair do breu, acende a luz
No topo da pirĂąmide, tirĂąnica
EstĂșpida, tapada minoria
Cultiva viva como a uma flor
A vespa vesga da mesquinharia
Na civilização eis a barbårie
É a penĂșria que se pronuncia
Com sua boca oca, sua cĂĄrie
Ou sua raiva e sua revelia
Quem vai pagar a conta?
Quem vai lavar a cruz?
O Ășltimo a sair do breu, acende a luz
O que prometeu nĂŁo cumpriu
O fogo apagou
A luz se extinguiu

Composição: Lenine E Carlos Rennó

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