Toda vez que você almoçar E quando for jantar Fale assim com firmeza Obrigado, Mestre Jesus Cristo Por ter me dado isto Que está em minha mesa
Eu Lhe peço, meu Pai, meu Senhor Ajude o trabalhador, Lhe imploro em seu nome Fortaleça bem o braço dele É somente ele que nos mata a fome
Com a força de um tanque de guerra Ele rasga a terra sem nada temer Combatendo na linha de frente Ele joga a semente para depois colher
O coitado do agricultor Derrama seu suor, não adianta reclamar Termina a colheita, ele está inseguro Por causa do juro que tem que pagar
Muitas vezes o pobre se cansa De cravar sua lança em seu próprio peito Mas se lembra que Cristo nasceu Sofreu e morreu, mas fez tudo direito
Sua dor é uma dor que não sara Está sempre nas garras dos gaviões e carcarás Mergulhando contra tubarões Ele enfrenta ladrões, bandidos e marajás
Muitas vezes para pagar suas dividas Sua terra querida ele tem que entregar Ele diz de todo o coroação Essa é a lei do cão, não adianta reclamar
Só lhe resta vergonha na cara E a reforma agrária parece não ajudar Se revolta até contra Deus E dos tristes olhos seus se vê lagrimas rolar
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositor: Leonildo Sachi (Leo Canhoto) (UBC)Editor: BMG (UBC)Publicado em 2006 (12/Set) e lançado em 1989 (05/Out)ECAD verificado obra #3904731 e fonograma #1107757 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM