Leôncio e Leonel
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A Última Valsa

Leôncio e Leonel


(“Nair saiu pelo mundo procurando seu amado
Que ela mesma por orgulho tinha um dia desprezado
Cansada e arrependida do seu erro praticado
Nair se atirou na lama pela estrada do pecado

Luiz também de desgosto se transformou num bandido
E numa noite bem longe num lugar desconhecido
Num combate com a polícia Luiz escapou ferido
Se escondeu dentro de um baile da polícia perseguido

Pra despistar a polícia que vinha no rastro seu
Dançou com a primeira moça que na frente apareceu
Era Nair, sua amada, mas ele não conheceu
Enquanto a orquestra num canto triste valsa assim gemeu”)

Naquela valsa chorosa
Rodaram pelo salão
E numa pausa da orquestra
Ela viu sangue em suas mão

Apavorada pensando
Ser um bandido ou um ladrão
Chamou depressa a polícia
Que lhe deu voz de prisão

Quando ela ouviu o seu nome
Chorando reconheceu
Que era aquele seu amado
Por quem tanto ela sofreu

Procurou pro mundo todo
Que triste destino seu
Estava com ele em seus braços
E para sempre perdeu

Quando a polícia saiu
Levando preso o rapaz
Aqueles gritos doídos
Foram ficando pra trás

De longe ainda se ouvia
De Nair seus tristes ais
Aquela última valsa
Separou pra nunca mais

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositor: Jose Fortuna (Ze Fortuna)
ECAD: Obra #27887 Fonograma #3257996

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