Conheci o Zé Mariano, um home sem coração Na arta sorocabana foi o rei dos valentão Com mais de cinqüenta morte era o terror do sertão Nas festas que ele chegava matava sem compaixão
Certo dia numa venda, veja o que ele foi fazê Tirou seu punhár da cinta e não deixou ninguém corrê Pegou um garrafão de pinga e obrigou o pessoár bebê No meio tinha um menino que não quis obedecê
Mariano virou e disse, menino da donde veio? Moleque tu vai bebê um copo grande bem cheio Aquele que se doê pode falá sem receio Home de barba na cara costumo cortá de reio
Menino afastou e disse, é mió ocê respeitá Sou sozinho neste mundo nada tenho pra deixá Mariano soltou um berro e balanceou o reio no ar Já na primeira guascada uma bala foi encontrá
Mariano deu quatro vorta, caiu no chão e falô Todo perdido, rapaziada, o menino me mato O fim dos valente é triste, é sina que Deus marcô De pagá nas mão dos fraco os crime que praticô
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Sebastiao Victor Pereira (Sebastiao Victor), Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira) ECAD: Obra #4152817 Fonograma #853233