Nos tamo em quatro mano Dentro de um opala fosco O objetivo é um só: encher de malote os bolso Balaclava esconde o rosto, trava a intratec Pro desgosto da minha mãe, metendo 157 Juro que não sei sentido da disputa Se o bronze conquistado Vou gastar com coca e puta Luta injusta, sem motivo Vivo ou morte, não te ilude Saciando minha ganancia, pagando de roobinhood Trono de madeira, império de poeira Por mais que tu não queira não resiste e cheira Insiste na carreira, vem direito da fronteira Beck, orgia e rap, ai se mete a noite inteira Pensa em sentir pena, pergunta se vale a pena Puxar dez anos de pena, truta, imagina a cena Coração em gangrena, só pensando nos cordão Iludido com as centenas, acabando no caixão Porra jão, viaja não Do que é que cê tá falando? Que se foda a porra toda Fecha a cara e chega dando Dá mais tiro nos pino que a coragem vai brotar O destino é esse mesmo, bora, não vamo atrasar Bala na agulha, fagulha gera explosão Local combinado Horário marcado, tudo pronto pra ação Então que seja assim, enfim, vamos pro estouro No fim dedo no gatilho e a pistola cuspindo fogo Cheio de pó na mente, nois nem sente a pressão "essa merda é um assalto Vai todo mundo pro chão" Na fissura, loucura, passando fogo nos vigias Mó mistura de ódio, pavor, terror e agonia Opala 6 canecos esperando o fim da ação Pra dar fuga pela via, na rodovia a milhão Mas não nem deu tempo de ver a cor do malote "jão, tamo fudido, tá cercado pelo bope" Presídio é suicídio, e eu não volto pro sufoco Se não for pra sair rico eu prefiro sair morto Firme, cheio de pente, só ouço grito e tiro Um filme passa na mente a cada tranco no gatilho Pauso os disparo, paro e respiro um pouco "mete chumbo nesse mike Porra tá ficando louco? Cobre os fundos que eu saio (tiro) Puta que o pariu! " Pude ver na minha frente quando meu mano caiu Tiro de 380, luz na cara das lanternas Tudo em câmera lenta E eu não sinto as minhas pernas Caído no chão da sala, o corpo crivado de bala Esperando pra morrer, agonizando meu karma Lembrei da minha mãe, das decepções que eu dei Dos conselhos e orações que eu sempre ignorei Talvez seja uma lição ou então falta de sorte Mas não era agora a hora da minha morte Limbo, escuridão, situação tão atroz Por mais que tente falar ninguém ouve minha voz Bem pior que a cela: cama. vegetando em coma Tudo porque ter um ferro Foi mais fácil que um diploma
Compositor: Welington Gilvan da Silva (Letodie) ECAD: Obra #29445265