A Deus ô minha terra querida Nunca mais aí ei de voltar
Cada vez quero estar mais distante Meu passado eu ném quero lembrar
Um alguém que tanto eu queria Me deu o desprezo pra mim ver penar
Eu jurei de todo coração Não ir mais pra lá ném pra passear
Sinto só deixar uma pessoa Tão santa e tão boa naquele lugar
Eu já percorri terras estranhas Já sofri como filho sem pai
Tô sofrendo talvez por desgosto Sei que nós dois sofremos iguais
Eu estou cometendo um pecado Judiar de uma mãe isso não se faz
Mas não quero ser criminoso Por um passado que tão longe se vai
Na cidade a minha mãe não vem E por causa de algém eu lá não vorto mais
Eu já tenho sabido noticias De pessoas que chegaram de lá
Minha velha me manda recado Me pedindo pra mim voltar
Desde o dia da minha partida A pobre velhinha só vive a chorar
Seus cabelos já estão branquinhos A pobre sofreu tanto pra me criar
Minha mãe eu sou filho infeliz Juramento que eu fiz eu não posso quebrar
Certo dia recebi um recado Francamente eu fiquei comovido
Minha mãe tava muito doente Pra mim foi um golpe dolorido
Foi que quebrei meu juramento Voltei lá pra casa muito aborrecido
No caminho encontrei um enterro Pra um perguntei quem que tinha morrido
É sua mãe que vai nesse caixão E deixou uma benção pro seu filho querido.
Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho) (SBACEM), Francisco Gottardi (Sulino) (SOCINPRO)Editor: Fortuna (UBC)Publicado em 1995ECAD verificado obra #714 e fonograma #16866 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM