Toda vez que eu viajava Pela estrada de ouro fino De longe eu avistava A figura de um menino Que corria abri a porteira Depoi vinha me pedindo Toque o berrante seu moço Que é pra mim ficá ouvindo
Quando a boiada passava Que a porteira ia fechando Eu jogava uma moeda, Ele saia pulando; Obrigado, boiadeiro Que Deus vai lhe acompanhando Pra aquele sertão afora Meu berrante ia tocando
No caminho desta vida Muito espinho encontrei Mais nenhum calou mais fundo Do que isso que eu passai: Na minha viage de volta Quarqué coisa eu cismei, Vendo a porteira fechada E o menino não avistei
A piei do meu cavalo Num ranchinho beira chão, Vi uma muié chorando Quis sabê qual a razão:
Boiadeiro veio tarde, Veja a cruz no estradão, Quem matou o meu filinho Foi um boi sem coração
Lá pra banda de ouro fino Levando o gado servage, Quando eu passo na porteira Até vejo sua image O seu rangido tão triste Mai parece uma mensage Daquele rosto trigueiro Desejando me boa viage
A cruzinha do estradão Do pensamento não sai Eu já fiz um juramento Que eu não esqueço jamais Nem que o meu gado estore Que eu preciso ir atrás Nesse pedaço de chão Berrante não toco mais.
Compositores: Luiz Raymundo (Luizinho) (UBC), Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira) (UBC)Editor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)Publicado em 2007 (19/Mar)ECAD verificado obra #1607 e fonograma #1270545 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM