Desabou feito crime na calçada Expirou feito anjo sem perdão Fez o povo parar a caminhada E o trânsito andar em procissão E tão novo era o dono da facada Quanto o corpo sem alma no portão
Na bochecha da vida abandonada Tinha um beijo materno de batom E nas mãos, preso um pão com goiabada O motivo maior da discussão Tão menino era o dono da estocada Que nem bem assistira à comunhão
Com as mãos numa árvore algemadas O guri homicida olhava o chão E contava as saúvas perfiladas Com um pedaço de goiabada e pão Só havia no olhar fome esganada Nem remorso, nem pranto ou compaixão
De repente, uma multidão criara A novela da indignação Uma freira ficara cara a cara E cuspira na cara do ladrão E o olhar da criança transbordara E a saliva lhe dera extrema unção
E a tuba irada desatara Do isolamento laço do cordão E a polícia gritava: Para, para! E a horda cristã parava não E o boneco guri desencarnara Com uma fome de goiabada e pão
De manhã a manchete anunciara A desgraça é a merenda da nação
De manhã a manchete anunciara A desgraça é a merenda da nação
De repente, uma multidão criara A novela da indignação Uma freira ficara cara a cara E cuspira na cara do ladrão E o olhar da criança transbordara E a saliva lhe dera extrema unção
E a tuba irada desatara Do isolamento laço do cordão E a polícia gritava: Para, para! E a horda cristã parava não E o boneco guri desencarnara Com uma fome de goiabada e pão
De manhã a manchete anunciara A desgraça é a merenda da nação
De manhã a manchete anunciara A desgraça é a merenda da nação
Compositores: Joao Baptista Nogueira Junior (Joao Nogueira), Paulo Cesar de Oliveira Feital (Paulo Cesar Feital), Lucas Bueno Bastos (Lucas Bueno) ECAD: Obra #19307216 Fonograma #20064520