As aparências enganam Aos que odeiam e aos que amam Porque o amor e o ódio Se irmanam na fogueira das paixões Os corações pegam fogo E depois não há nada que os apague Se a combustão os persegue As labaredas e as brasas são O alimento, o veneno e o pão O vinho seco, a recordação Dos tempos idos de comunhão Sonhos vividos de conviver
As aparências enganam Aos que odeiam e aos que amam Porque o amor e o ódio Se irmanam na geleira das paixões Os corações viram gelo E depois não há nada que os degele Se a neve, cobrindo a pele Vai esfriando por dentro o ser Não há mais forma de se aquecer Não há mais tempo de se esquentar Não há mais nada pra se fazer Senão chorar sob o cobertor
As aparências enganam Aos que gelam e aos que inflamam Porque o fogo e o gelo Se irmanam no outono das paixões Os corações cortam lenha E depois se preparam pra outro inverno Mas o verão que os unira Ainda vive e transpira ali Nos corpos juntos na lareira Na reticente primavera No insistente perfume De alguma coisa chamada amor
Compositores: Jose Antonio de Freitas Mucci (Tunai), Sergio Roberto Ferreira Varela (Sergio Natureza) ECAD: Obra #2997 Fonograma #12096950