A gente junto nos achamos pouco Que sempre muito procuramos ser Que juntos nunca descobrimos tudo Que nada vemos por dentro da gente A gente mente, sente, deita ao vento Como se o vento fosse a nossa cama A gente chama, cisma, sofre, inflama E não se toca do que a gente sente Ah, em mim a imensidão ah nunca mais Se encheu completamente Pedi a sua voz de gente Que diga a toda voz quem somos nós Que a sós no chão da estrada Nos perdemos nus E nus pelas calçadas nos achamos sós E seja como for É a dor da própria cruz As nossas semelhanças desiguais
A gente junto sempre tantas vezes Se amamos ontem já passaram meses Se amamos hoje fazem dez segundos Se amor, a gente sente siameses Se a fundo vamos raso é o nosso tempo Se é raso o tempo a fundo somos leigos Se arde em chama bruta o nosso beijo Os lábios meigos cessam nossos planos Ah, em mim a imensidão ah nunca mais Se encheu completamente Pedi a sua voz de gente Que diga a toda voz quem somos nós Que a sós no chão da estrada Nnos perdemos nus E nus pelas calçadas nos achamos sós E seja como for É a dor da própria cruz As nossas semelhanças desiguais...
Compositores: Heloisa Orosco Borges da Fonseca (Luhli), Lucia Helena Carvalho e Silva (Lucina) ECAD: Obra #39850634 Fonograma #44209522