Se foi há anos, Ou dias, Não sei. Nem quantas vezes te cheirei No ar da manhã.
Nem quantas vezes Te vi Despertar Pensando que essa foi a noite Melhor de se lembrar
Depois da vez em que o silêncio Nos quis acompanhar Pelos segredos Que julgamos contar. Em que nas mãos, os nossos olhos Souberam desvendar Dentro do escuro a alma Não se pode ocultar.
Foi como foi. Como se o céu um dia Se abrisse em dois. Foi como foi. Como se a terra Nos prendesse e soltasse depois.
A lua via O sol acordar, Ficava ás vezes até tarde Só para o ver deitar.
E juro um dia Que o vi alugar Um quarto de motel na Via Láctea Com vista para o mar.
Estremeci ao ver que o tecto Não tinha para ver Nem uma telha aberta para espreitar. Eu alucino ou quase, sempre Que me deixas pernoitar Nesse motel da Via Láctea Com vista para o mar.
Quero rever-te em cada dia Como revi o futuro Já que o futuro sorria. Quero um futuro por dia Já que o passado nos deixa Vários futuros na vida.
Compositor: Luís RepresasPublicado em 2011 (25/Nov) e lançado em 2012 (20/Abr)ECAD verificado fonograma #6256933 em 12/Abr/2024 com dados da UBEM