Quem pensa que em si se basta não conhece o mandamento Não hay tormenta sem vento e nem cambona sem alça Uma guampa sem cachaça, cabelo negro sem flor E nem tropilha machaça sem ter bom amansador
Se o potro baba a flexilha, da própria sorte se olvida Como se embaixo mandinga viesse apertando as virilhas Num transe de vida e morte, o bagual e o domador Tem anjo da guarda e sorte nas mãos do amadrinhador
Assim com verso crioulo bebido em laje de sanga Bem quando a flor da pitanga beija o remanso do arroio Verte a água da parede denunciando um nascedor Pra mim que nasci com sede, de lá mostrou um payador
Eu sigo a filosofia daquele andejo e errante Que deixou impresso o semblante do canto na geografia Viu a gruta dos assombros e o rastro do boi barroso E nos trouxe sobre os ombros versos que a bruxa escondia
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco) (ABRAMUS), Sergio Carvalho Pereira (ABRAMUS)Publicado em 2007 (05/Set) e lançado em 2007 (01/Nov)ECAD verificado obra #2623153 e fonograma #1335643 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM