Abro a porteira e me aparto do campo verde e estancieiro Só pra estender meu baixeiro no capão dos corredores Sou desses que os cantadores batizaram nas guitarras No peito de um malacara vivo empurrando horizontes
Minha bíblia é um "martin fierro" sempre esbarro numa china E a imagem que me domina é um parador de rodeio Já tive um rancho senhores e tardes de primaveras Onde eu lavava a erva sentindo o cheiro das flores
Sou ponto vivo e consciente na estância real das estradas Vivo domando as mágoas de um passado inconveniente Nas horas das rondas claras o pensamento é tordilho Eu recorro cada estrela recostado no lombilho
Meus olhos horizontais pintam quadro em campo alheio Cada porteira é um anseio pra um calmo desencilhar Talvez um dia eu encontre um olhar destes morenos Sem baldas e nem venenos, e aqui me ponha a cantar
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco) (ABRAMUS), Marco Antonio Gotuzzo Antunes (Xiru Antunes) (UBC)Publicado em 2002 (05/Abr) e lançado em 2002 (01/Abr)ECAD verificado obra #197564 e fonograma #391946 em 29/Out/2024 com dados da UBEM