O vento norte a embalar macegas E o baio ruano abaralhando o freio Solto do peito aquele grito largo Marca sagrada de parar rodeio Um pouco adiante o cusco atropela A lebrezita que arrancou do sono Bem lá no alto um touro osco berra Como se fosse desse mundo o dono
(Pela invernada vão brotando trilhas Riscando o verde de pêlo e poesia A cavalhada em disparada longa E o tranco manso do gado de cria)
A água suja no passo da sanga Carrega cheiro de pasto pisado Um quero-quero recortando os ares Mistura jeito de chefe soldado Até uma nuvem caminhando lenta Chega sedenta no cocho de sal Deus participa dessa tarde morna E deixa à mostra seu amor rural
(Será esse grito de parar rodeio Letra de um hino ou cantar de vida? É certo mesmo que faz bem à alma E adoça a boca no rigor da lida)
Até uma nuvem caminhando lenta Chega sedenta no cocho de sal Deus participa dessa tarde morna E deixa à mostra seu amor rural
(Será esse grito de parar rodeio Letra de um hino ou cantar de vida? É certo mesmo que faz bem à alma E adoça a boca no rigor da lida)
Compositores: Fernando Mendonca Mendes (Pato) (ABRAMUS), Jose Carlos Batista de Deus (ABRAMUS)Publicado em 1998 (01/Jun)ECAD verificado obra #519447 e fonograma #301061 em 13/Abr/2024 com dados da UBEM