A vida do artista é uma ilusão Arrisca sua vida pra ganhar o pão Pois veja o exemplo do que aconteceu Com nossa Zezinha que quase morreu
No palco de um circo a cena se abriu Tocando e sorrindo Zezinha surgiu Um homem do povo o palco invadiu E com um punhal a Zezinha feriu
Zezinha pensava que seu agressor Viesse até ela trazer uma flor E foi por milagre que ela escapou De perder a vida na hora do show
Do povo presente se ouvia o clamor Por ter presenciado a cena de horror Os homens queriam linchar o agressor Que disse que ia matar por amor
Por ser tão querida, por ter tanta fama Sabendo que a Zeza estava de cama Chegou muita carta, também telegrama Rezaram pra ela voltar ao programa
Por ser uma moça de espírito forte Saindo do leito ao vencer a morte Mostrando ter alma de tão grande porte Zezinha perdoa o moço do norte
("A quem foi o causador Da grande dor que passei Peço à Deus que o perdoe Porque eu já perdoei
Peço à Deus que abençoe Todos que me visitaram As cartas, os telegramas Que tanto me confortaram")
Na vida do artista nem tudo é fulgor Tem nosso caminho o espinho e a flor O que nos conforta é a prova de amor Que o povo nos dá nas horas de dor
Compositores: Diogo Mulero (Palmeira) (UBC), Luiz Raymundo (Luizinho) (UBC)Editor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)ECAD verificado obra #3372688 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM