Você pode ouvir os choros deles?

Nenhum lugar pras crianças se figirem/esconderem

Rios vermelhos

Descem pelas colinas

Reparar nossos males

E infelizes todas as suas canções de amor

Um adeus às armas

Vidas mutiladas

Escurecendo como a lateral de um caixão

Cercado de pais

Quem ganhou?

Quando apenas filhos

Seguram a cabeça deles de luto e lamentam

UM ADEUS ÀS ARMAS!

Sempre nossas almas se entrelaçam

Apague essa enorme desunião

Ouvidos surdos, nossas vozes descançam

Tirano, isso é protesto!

Quem ganhou?

Sim, quem ganhou?

Refrão:

Eu vou agitar esta bandeira branca

Assim o vingado verá a luz

Nós pagaremos de olhos fechados

Com o nosso genocídio

Mijando nesse disfarce

Marcha para o desfile da morte

Trocando a falta de humanidade

Por perolas de escravidão

Nas profundezas da mente o coração vai encontrar

A verdade de nossos líderes

Tentaremos os fatos para que através das rachaduras

O trapaceiro mentiroso possa cair

Quem ganhou, quando estamos todos mortos?

(Refrão)

Então é assim que vivemos?

Ou é assim que morremos?

Sangue negro escorrendo de presas de platina

Os ricos escapam enquanto

nossa pobreza sofre

Pastores eles ouvem o êxtase irracional

Como o rebanho segue dança dos fantoches

Num romance fatal

Tudo que eles precisavam era

Um pretexto, guerra em seguida

Cabeças para os blocos de corte

e nossos pescoços são os próximos

Por aqueles que morreram

Que lutaram por nossos direitos

Cujos filhos agora escravos

Estão construindo seus túmulos

Senhores da guerra e senadores

eles se sentam em conforto, tão banal

Nunca os filhos deles saberão

O que lutar

Mas soldados estão mortos

E crianças sangraram

E o silêncio é insensível

O QUE NÓS NOS TORNAMOS?

Que deus nos salve

Um... adeus... ás... armas...