Geme o restolho, triste e solitário a embalar a noite escura e fria e a perder-se no olhar da ventania que canta ao tom do velho campanário.
Geme o restolho, preso de saudade esquecido, enlouquecido, dominado escondido entre as sombras do montado sem forças e sem cor e sem vontade.
Geme o restolho, a transpirar de chuva nos campos que a ceifeira mutilou dormindo em velhos sonhos que sonhou na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas é preciso morrer e nascer de novo semear no pó e voltar a colher há que ser trigo, depois ser restolho há que penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada a vida não é dia sim, dia não é feita em cada entrega alucinada pra receber daquilo que aumenta o coração
Geme o restolho, a transpirar de chuva nos campos que a ceifeira mutilou dormindo em velhos sonhos que sonhou na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas é preciso morrer e nascer de novo semear no pó e voltar a colher há que ser trigo, depois ser restolho é preciso penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada a vida não é dia sim, dia não é feita em cada entrega alucinada prá receber daquilo que aumenta o coração
Compositor: Ana Mafalda da Veiga Marques dos Santos (Mafalda Veiga) (SPA)Publicado em 2010 (29/Dez) e lançado em 2004 (01/Mar)ECAD verificado obra #1125907 e fonograma #1835482 em 06/Mai/2024 com dados da UBEM