Eros a fez minha feroz algoz E o meu amor ela lhe deu Por dentre tantas só a via passar Sandra bebeu deste Romeu
Mas eu errei, eu errei Quando meus olhos eu fechei assim Ao lhe beijar, e só abri no fim Quando mais nada podia fazer por mim
Cantei-lhe trovas, comi a maçã E o que de mais ela me deu Logo depois, sem “pois” nem mais “poréns”, Tomou-me o que já era meu E hoje eu não sei, eu não sei Porque diabos ela riu de mim E só um afã há neste coração Que clama a ressurreição da sua razão
Só em lhe conhecer, eu presumi A inocência deste mundo vil Depois de ti tudo aqui é imbecil
Sandra não quer mais meu amor E hoje diz que não sou Nada, ou pouco talvez, do que ela um dia pensou Não me restou nem sequer um samba Sangra um coração!
2ª Parte
Sandra não quer mais meu amor E hoje diz que não sou Nada, ou pouco talvez, do que ela um dia pensou Hei de cantar em voz nua e crua a tua maldição
Manda um bilhete pra mim Dentre dizeres chinfrins, diz: De tudo que viveu, a pior coisa sou eu Não me restou nem sequer um samba Sangra um coração!