A noite guarda um silêncio... Flor de trevo e maçanilha Na simples falta de um grilo Que não cantou sua vigília Na ronda clara dos campos Na imensidão da distância Há um vazio de palavras Rondando o galpão na estância De vez em quando algum berro De vez por outra um mugido das vacas pampas na frente De algum terneiro perdido Que a noite escondeu a lua E cedo assim não entrega Mas segue pastorejando Os terneiros nas macegas Talvez o dia demore Quem logo clareia E a vida explique o silêncio Pra quem solito mateia Quem já ouviu sua alma e Entende versos tão meus E sabe que este silêncio foi uma benção de Deus Coisa mais linda o silêncio Quando se pode escutá-lo Nas frontes do arvoredo No galopar de um cavalo Quando se nota na volta Coisas que a alma precisa Pra entender que o silêncio Pode ser vento e ser brisa Noite escura, céu de outubro Escassa a lua e estrelas Só quem tem alma de campo Consegue de longe vê-las Mesmo que os olhos se percam alma vai mais além e redescobre a saudade achando os olhos de alguém Talvez o dia demore Quem logo clareia E a vida explique o silêncio Pra quem solito mateia Quem já ouviu sua alma e Entende versos tão meus E sabe que este silêncio foi uma benção de Deus
Compositores: Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira), Cristian Duarte Camargo (Cristian Camargo) ECAD: Obra #2179578 Fonograma #1193639