Um leiteiro ganancioso enganava a freguesia Misturava água no leite para o povo vendia Enriquecendo depressa dizia fazendo graça Não há nada neste mundo que o homem queira e não faça Enquanto eu puxar no balde água do poço à vontade Não falta leite na praça
O dinheiro do seu roubo era num saco guardado E muito bem escondido para não ser encontrado Mas ele tinha um macaco que observava a trapaça Parece que ele dizia espiando da vidraça Eu estou envergonhado por saber Que no passado nós fomos da mesma raça
Mas um dia o macaco escondido lhe seguiu Pegou o saco de dinheiro e jogou dentro do rio Voltou de novo pro mato e foi pensando consigo Tenho vergonha do homem por se parecer comigo O homem é bicho tratante e vê no seu semelhante O seu maior inimigo
Leiteiro desesperado dentro do rio se atirou Mas do maldito dinheiro nem um centavo salvou Sentou na beira do rio e chorando assim falou Quis ficar rico depressa e mais pobre hoje eu sou Que destino foi o meu tudo que a água me deu A mesma água levou
Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna) (UBC), Jose Plinio Trasferetti (Paraiso) (UBC)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)Publicado em 1998 (12/Fev)ECAD verificado obra #36101 e fonograma #26824 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM